segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Festa Boa e um Ano Novo Feliz!
sexta-feira, 17 de novembro de 2023
Novos Imortais na Academia Brasileira de Cultura
Por Redação
Fotos Fábio Seabra
A ABC, presidida pelo
Professor Carlos Alberto Serpa, nasceu em 2021 para fortalecer o setor cultural
do país, unindo personalidades de várias áreas artísticas com o objetivo maior
de promover o pensamento crítico e a defesa das artes, e da valorização da
memória cultural brasileira.
O E aí presenciou tudo pelos
olhos de Paulo Alcantara, Rogério Madruga e Fábio Seabra, e sobrou para mim
(Conceição Gomes), a única que não pode comparecer, relatar as impressões
deles. Estranho? Não! Pensamos que a conversa coletiva abre as mentes, e
permite ver o mesmo assunto de pontos de vista diversos, e quem não estava
presente assume a mesma posição que você, leitor, absorver a informação e
vislumbrar o ato sem a emoção que pode inviabilizar a imparcialidade do fato.
Sonia Guajajara |
Liniker e Professor Serpa |
E
ainda (e contando) a presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, da
escritora Conceição Evaristo, de Alcione, Daniela Mercury, Glória Pires,
Vanessa Giácomo, Viviane Mosé, José Luiz Ribeiro e Antenor Neto.
Novos membros da ABC com o Secretário de Cultura da Cesgranrio, Leandro Bellini |
Professor Serpa, Daniela Mercury e a Ministra da Cultura Margareth Menezes |
Por
fim, foi uma noite memorável de inclusão, reparação, uma ode à CULTURA!
Axé!
Evoé! Taupéicha!
Amém!
domingo, 12 de novembro de 2023
“Tenho Fé” estreia nos cinemas dia 23 de novembro, no Mês da Consciência Negra
O documentário destaca artistas que celebram os Orixás e a ancestralidade em suas obras, além de reforçar a importância de se combater o racismo religioso
Por Assessoria
Foto: Alex Ribeiro Arte: Lee Swain |
Artistas e Personagens
De antropólogos, historiadores, profissionais do
carnaval até sacerdotes, as encruzilhadas artísticas apresentam um amplo
panorama da chamada “arte afro-brasileira”. Entre um vasto acervo de criadores
e estudiosos, participam no documentário: o historiador Luiz Antônio Simas; os
carnavalescos da GRES Grande Rio Leonardo Bora e Gabriel Haddad; a cantora Rita
Benneditto; o dramaturgo Rodrigo França; o autor de quadrinhos Hugo Canuto; o
estilista Beto Neves; o antropólogo e Babalorixá Rodney William; os professores
e doutores Babalawò Ivanir dos Santos e Helena Theodoro; entre outros artistas.
As câmeras passeiam por palcos de teatros, shows, desfiles de moda, convenções
de quadrinhos e até festas populares, como as festas de São Jorge e Iemanjá. O
objetivo é entender de forma descomplicada a mitologia dos Orixás e, sobretudo,
compreender questões que nos motivam, nos angustiam e nos movem.
Henrique Vieira Foto Chico Cerchiaro |
“Eu acredito
cada vez mais em ancestralidade, e ancestralidade pra mim tem um nome: orixá” - Rodrigo França
Hugo Canuto Foto Divulgação |
“A escravidão
nos arrancou a realeza, mas os orixás nos devolveram” - Rodney William
Rita Benneditto Foto Rogério Von Kruger |
Inspiração e Motivação
Rian Córdova |
“Como mulher de terreiro, preta e periférica digo:
´Sinto, logo sou!´. O filme, Tenho Fé, proporcionou a representatividade
explícita de minha vida sagrada como sempre sonhei. Nós falando de, e, sobre
nós. Motumbá!” – diz Conceição Gomes, Curadoria de Conteúdo.
Direção, Produção e Distribuição
O diretor, Rian Córdova, tem interesse especial em projetos ligados à representatividade e aos direitos humanos. Ele assinou a direção e o roteiro junto do também diretor e roteirista, Leonardo Menezes, o filme “Luana Muniz - Filha da Lua”, vencedor do Prêmio de Melhor Filme pela Escolha do Público no Mix Brasil 2017, Melhor Longa no Festival de Gênero e Sexualidade do Rio no Cinema 2017 e Melhor Longa para Documentário no DIGO 2018 (Goiás). E “Lorna Washington - Sobrevivendo a Supostas Perdas”, que ganhou Menção Honrosa no Festival de Gênero e Sexualidade do Rio no Cinema 2016 e foi selecionado para representar o Brasil como melhor DOC no Festival Internacional de Viña Del Mar 2017 - Lorna Washington que nos deixou recentemente.
A Pixys Produções Artísticas é uma produtora e distribuidora independente sediada em São Paulo. Atua em parceria com a Lira Filmes na distribuição, tendo lançado as obras O VERDE ESTÁ DO OUTRO LADO, de Daniel Rúbio, SEFARAD, de Luis Isamel, FAZ SOL LÁ SIM, de Claufe Rodrigues, DANÇAS NEGRAS, de João Nascimento e Firmino Pitanga, MENÁGE, de Luan Cardoso e O CIRCO VOLTOU de Paulo Caldas. Para 2023 prepara o lançamento das obras LO QUE QUEDA EM EL CAMIÑO e LUIS CARLINI – GUITARRISTA DE ROCK, de Luiz Carlos Lucena.
Desde 2011, a Lira Filmes, fundada por Juliana Lira,
opera como Produtora Audiovisual em São Paulo. A partir de 2018, ampliou sua
atuação ao tornar-se uma distribuidora independente com a chegada de Roberto
Gonçalves de Lima. Seu primeiro lançamento comercial ocorreu em 2018 com o
filme "Saudade", dirigido por Paulo Caldas.
Serviço
TENHO FÉ – estreia 23 de novembro nas salas:
São Paulo - Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca e Cine
Marquise
Rio de Janeiro - Espaço Itaú de Cinema - Botafogo
Porto Alegre - Espaço de Cinema Bourbon Country
Salvador - Circuito Sala de Arte – CineMAM e Cine
Glauber Rocha
Brasília - Espaço Itaú de Cinema Brasília
Palmas - Cine Cultura – Fundação Cultural de Palmas
Poços de Caldas - Cine Ultravisão
Manaus - Casarão de Ideias
Ficha
Técnica:
Produção Executiva: Rian Córdova, Juliana Lira e Roberto
Gonçalves de Lima
Direção: Rian Córdova
Roteiro: Rian Córdova
Montagem: Luísa Breda
Direção de Fotografia: Alan Motta
Coordenação de Conteúdo e Produção: Conceição Gomes
Motion Arts: Moreno Muniz
Produção: Pixys e Lira Filmes
Distribuição: Pixys e Lira Filmes
Duração: 80min
Faixa Indicativa: 12 anos
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=icd3RIgPx6A
Informações para a imprensa:
Andrea Pessôa - (21)
99155-1222 andreaccpessoa@gmail.com
Ana Fernandes - (21) 99979-6846 anacarolinafl82@gmail.com
terça-feira, 17 de outubro de 2023
A impactante apresentação do 1º episódio da série “Resistência Negra” na 25ª edição do Festival do Rio
Por Reposted da ASCOM
Fotos Rozangela Silva
Com cinco episódios, apresentada por Djonga e Larissa Luz, sobre movimento negro. O objetivo da série é narrar a história dos movimentos negros no país. Com direção geral é Mayara Aguiar, o projeto foi idealizado e levado à plataforma de streaming da Globo por Ivanir dos Santos - Babalawô, Prof, Pós-Doutor do Programa de pós-graduação em História Comparada da UFRJ e fundador do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP). Ivanir, atuante há mais de 40 anos em prol das liberdades, dos direitos humanos, das pluralidades contra o racismo e a intolerância religiosa
Carregada de simbolismos, coincidência ou não, a exibição na data de ontem é alusiva ao nascimento do Teatro Experimental do Negro. O TEN nasceu em 13 de outubro de 1944, no Rio de Janeiro, como um projeto idealizado por Abdias Nascimento (1914-2011), com a proposta de abrir novos caminhos para pessoas negras nas artes cênicas e na sociedade brasileira. Buscando assim reabilitar e valorizar a identidade, a cultura e a diversidade da população afro-brasileiro. Além de ser um movimento artístico, o TEN também foi um movimento político e social que buscou centralizar as questões negras como foco principal. Mostrando que é possível fazer da arte um ato de reivindicações e lutas por igualdade e equidade.
Chico Regueira e Ivanir dos Santos |
Para Larissa, grande representante da música negra contemporânea da Bahia e umas das vozes que conduzem a história da série – “Temos que entender sobre a nossa ancestralidade, quais os personagens que fizeram a história, que abriram e construíram espaço para estarmos aqui e agora”.
Todos os envolvidos foram reverenciados no palco antes da exibição: arte, edição, diretores, figurinos, entre outros. Das muitas falas emocionadas, Larissa Luz deu uma quebrada ao soltar a voz com o refrão: “...Sou Zezé, sou Leci, Mercedes Baptista, Ednanci, Aída, Ciata, Quelé, Mãe Beata e Aracy. Pele preta nessa terra. É bandeira de guerra porque eu vi. Se é Conceição ou Dandara. Pra matar preconceito, eu renasci...”, música: “Pra Matar Preconceito” (de Raul Di Caprio e Manu da Cuíca), nessa hora, um único coro tomou conta do teatro.
Ivanir abordou que “Resistência Negra” é uma mistura e fez um comparativo - “Basta lembrar do filme ‘Faça a Coisa Certa’, do Spike Lee, a frase do Djonga ‘Fogo nos Racistas” e com Buena Vista Social Club”. Um elo interessante sobre a obra-prima de Spike Lee, que consegue levantar questões complexas sem maniqueísmos, entre a contemporaneidade no célebre trecho da música ‘Olho de Tigre’, de autoria do rapper mineiro com os veteranos músicos, formado nos anos 90 em Cuba.
"Que honra ser uma trabalhadora operária desse momento tão importante no audiovisual e sociedade brasileira", declarou Samantha Almeida, diretora de Diversidade e Inovação em Conteúdo.
Larissa Luz, Ivanir dos Santos e Mayara Aguiar |
Dos muitos convidados, Claudia Vitalino, atuante do Movimento Negro e Mulheres Negras, Joel da Educafro, Patrícia Rodrigues - coordenadora do projeto "Casa da Mulher Sambista", Pollyne Avelino, do expressivo movimento Wakanda in Madureira, Erick Bretas (TV Globo), Tânia Amorim - umas das idealizadoras do documentário sobre Bangbala "Que eu Receba Riqueza”, Paulo Lins, escritor e roteirista, Deputada Martha Rocha, Luiz Fernando Nery (Petrobrás), Ele Semog (CEAP), Natanael Firmino - PCdoB RJ, Lua Miranda, Elisa Larkin Nascimento (viúva de Abdias Nascimento), entre outras diversas referências negras.
Dom Filó, jornalista, produtor e documentarista, alega - “Esse trabalho, resistência é memória, faz com que nossa história seja contada e feita por nós, isso é fundamental”.
“Essa série é fruto de muito trabalho, de muita pesquisa e estudo. De um desejo muito grande de contar essa história, que as pessoas conheçam essa história”, declarou a roteirista Mariana Jaspe. Devidamente corroborado por Rafael Dragaud (TV Globo) - “Eu acho que a gente não tem a menor ideia de onde essa mensagem pode chegar, principalmente porque ela está chegando agora, finalmente, para o público que foi destinada”.
Lideranças Negras |
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
Ancestralidade, Espiritualidade e Arte
Por Fábio Seabra
Definição formal de:Foto: Acervo Pessoal
-Ancestralidade se refere aos
antepassados ou antecessores. O que se recebeu das gerações anteriores;
hereditariedade.
-Espiritualidade pode ser
definida como uma "propensão humana a buscar significado para a vida por
meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de
conexão com algo maior que si próprio". A espiritualidade pode ou não
estar ligada a uma vivência religiosa.
-Arte é uma forma de o
ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns
valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio.
AGORA OS MEUS CONCEITOS SOBRE
ESSA MISTURA, TOMANDO COMO EXEMPLO UMA DAS CULTURAS QUE VIERAM PARA O BRASIL, O
POVO YORUBÁ, DENTRE TANTAS COMO O POVO BANTU (CONGO/ANGOLA) E OS FON BGE,
CHAMADOS DE JEJE (ESTRANGEIROS) PELO POVO YORUBÁ. SEM CITAR OS MULÇULMANOS E
INÚMEROS OUTRO POVOS.
Para começar vamos discorrer
sobre a cultura Yorubá, muito resumidamente.
É uma cultura rica e com bases
na ancestralidade, originária de determinadas regiões da Nigéria e que também
exerceu influência em muitas outras partes da África e do mundo. Ela possui uma
forte conexão entre antepassado, espiritualidade e arte. Vamos explorar como esses
elementos interagem na cultura
Yorubá:
Começando por Ancestralidade,
os chamados Egungun:
Os Yoruba têm um profundo
respeito pela ancestralidade. Eles acreditam que seus predecessores desempenham
um papel significativo em suas vidas e através do culto aos ancestrais,
chamados de Egungun, que são os espíritos dos mortos, os quais honram e se
comunicam frequentemente pedindo conselhos e orientações. Isso é feito através
de cerimônias, danças e rituais específicos.
A arte desempenha um papel crucial
nesse formato de culto, uma vez que máscaras e trajes elaborados são
frequentemente usados durante as cerimônias de invocação, além dos cantos e
danças que fazem parte da ritualística.
Atrelados aos ancestrais estão
sua religiosidade que é ligada ao culto dos Orixás e Ifá, cumprindo cada um o
seu papel na sociedade religiosa e como um todo:
A espiritualidade Yorubá é
central para sua cultura e está ligada ao dia a dia do povo. É social, é
política e é uma expressão, forma, de vida. Ela envolve a adoração de
divindades conhecidas como Orixás, que representam forças da natureza,
elementos e aspectos da vida humana.
O sistema oracular se chama
Ifá, mas temos também os búzios e os obis, variando de família para família, de
região para região, onde o culto apresenta suas particularidades. Tudo isso é
parte importante da espiritualidade Iorubana. O oráculo é usado para buscar
orientação divina e é conduzido por sacerdotes chamados babalawos (oluwo).
A arte, também nesse caso,
desempenha um papel significativo na representação visual dos Orixás e
divindades, pois, esculturas, pinturas e máscaras frequentemente retratam essas
entidades.
Na Arte Yorubá que se produz
é, basicamente, escultura de madeira, ferro ou argila, dança, música, joias e
tecelagem sendo todas elas altamente valorizadas, pois compõem uma forma de
expressão espiritual. São criadas com grande habilidade e significado
simbólico.
A dança é parte integrante da
expressão artística e espiritual dos Yoruba. Rituais dançantes são realizados
em honra aos Orixás e durante cerimônias importantes.
A tecelagem é outra forma de
arte importante nessa cultura e culto. Tecidos coloridos e padrões complexos
são usados em trajes cerimoniais e, frequentemente, comunicam status social e
identidade. A arte é usada para representar os deuses e espíritos, bem como
para honrar os antepassados. A espiritualidade é incorporada à vida diária
desse povo onde se obtém uma rica fusão de religião, ancestralidade e arte.
AGORA FALEMOS DE BRASIL
O Candomblé:
É uma das religiões
afro-brasileiras mais influentes e significativas que emergiu da diáspora
africana no Brasil. Sua formação envolveu a fusão de diversas tradições
religiosas africanas, que foram trazidas pelos escravos e, ao longo do tempo,
fundidas em uma religião única. O Candomblé, essa religião tradicionalmente
brasileira, teve e continua a ter, um impacto profundo em várias áreas da
cultura brasileira, deixando um legado significativo para a sociedade como um
todo, que são vastos e abrangem diversas áreas, incluindo: música, dança,
religião, culinária, linguagem, arte e muito mais.
Cultura e Identidade:
O Candomblé desempenhou um
papel fundamental na preservação da identidade cultural dos afro-brasileiros.
Ele ajudou a manter vivas as tradições, línguas, músicas, danças e mitos
africanos que foram trazidos para o Brasil durante a época da escravidão.
A religião também contribuiu
para a valorização da beleza negra e da herança africana, promovendo uma maior
autoestima entre a comunidade afro-brasileira
Política e Ativismo:
O Candomblé, historicamente,
foi alvo de perseguição e discriminação no Brasil, e ainda o é. No entanto,
essa perseguição levou à formação de movimentos de resistência e ativismo por
parte dos praticantes do Candomblé e de outros grupos afro-religiosos e mesmo
aqueles que não possuem envolvimento com a religião, encontram nela argumentos
de valorização da cultura preta em geral.
Hoje em dia, o Candomblé e
outras religiões afro-brasileiras como a Umbanda, Quimbanda, Batuque, Xambá,
Xangôs, Jurema, entre outras, desempenham um papel importante na luta contra a
intolerância e o racismo estrutural.
Por ser o Candomblé uma
religião que valoriza a conexão com os espíritos, a natureza e, principalmente,
a ancestralidade, o que se perdeu durante o período do tráfico negreiro entre
os séculos XVI e XIX, foi ludicamente, resgatado através da cultura de
terreiro. Esse fato acabou por influenciar a religiosidade de muitos
brasileiros, mesmo aqueles que não são praticantes do Candomblé, mas encontram
nele as referências ancestrais que lhes foram roubadas.
Arte e Expressão Cultural:
O Candomblé é conhecido por
suas cerimônias com rituais vibrantes, dançantes, musicais e com trajes alegres
e coloridos, transbordando ludicidade. Essas expressões artísticas
influenciaram a cultura brasileira como um todo, contribuindo para a riqueza e
diversidade do cenário artístico do país.
Muitos artistas brasileiros,
tanto na música quanto nas artes visuais, incorporaram elementos do Candomblé e
da cultura afro-brasileira em suas obras, por muitas vezes até mesmo sem se
darem conta.
Em resumo, o Candomblé e
outras religiões afro-brasileiras formam um legado profundo e duradouro na
cultura brasileira. Eles influenciaram a forma como os brasileiros percebem sua
própria identidade, contribuíram para o ativismo em prol dos direitos civis e da
igualdade racial, moldaram a espiritualidade e a religiosidade no país e
enriqueceram a cena cultural e artística do Brasil. Esse legado é parte
preponderante na herança cultural do Brasil e continua a desempenhar um papel
vital na construção da identidade nacional.
P.S.
No Brasil, as religiões de
matriz africana desempenham um papel significativo na vida cultural e
espiritual do país. Algumas das principais religiões de matriz africana no
Brasil incluem:
·
O Candomblé é uma das religiões de matriz
africana mais antigas e influentes no Brasil. Originou-se na região da Bahia e
é mais comum nas Regiões Sudeste e Nordeste do país. Os praticantes do
Candomblé adoram divindades conhecidas como Orixás, N’Kisis e Voduns, para os
quais realizam rituais complexos que envolvem danças, cânticos, oferendas e
possessões espirituais.
·
A Umbanda é uma religião sincrética que mistura
elementos do Candomblé, do Espiritismo, do Catolicismo, do Xamanismo dos povos
originários, cultura cigana, ... . Ela é praticada em todo o Brasil e é conhecida
por sua ênfase na incorporação de espíritos benevolentes chamadas de
"guias" durante cerimônias religiosas.
·
A Quimbanda é uma religião que compartilha
algumas semelhanças com a Umbanda, mas muitas vezes é associada a práticas mais
voltadas para o culto de entidades mais ligadas a causas terrenas e mais
parciais, associadas, ERRONEAMENTE, a figura do Orixá Exu dos Yoruba. Ela
é menos difundida e mais estigmatizada do que o Candomblé e a Umbanda.
·
O Batuque é uma religião afro-brasileira
praticada, principalmente, no Rio Grande do Sul. Ela tem raízes africanas e,
também, incorpora elementos indígenas. Os praticantes do Batuque adoram
divindades conhecidas como Orixás e realizam rituais que envolvem danças e
música.
·
O Tambor de Mina. Esta religião é encontrada
principalmente no estado do Maranhão. Ela é uma forma de religião
afro-brasileira que envolve rituais com tambores e cânticos em homenagem aos
Orixás, Voduns e espíritos ancestrais.
·
O Xangô do Nordeste é uma variante do Candomblé
que é praticada principalmente na região nordeste do Brasil. Ele adora os
Orixás e tem suas próprias características distintas e tradições.
Além das religiões mencionadas
acima, existem cultos afro-brasileiros menos conhecidos e regionais, muitos dos
quais são praticados em comunidades específicas em diferentes partes do Brasil.
É importante notar que as religiões de matriz africana no Brasil, frequentemente, se entrelaçam com outras religiões e práticas espirituais, criando uma rica tapeçaria de tradições sincréticas. Além disso, essas religiões desempenharam um papel significativo na preservação da cultura africana no Brasil e na promoção da identidade afro-brasileira.
quinta-feira, 27 de julho de 2023
Future Face Global 2023 - Oportunidade para jovens negros brasileiros no mundo fashion
Por Conceição Gomes
Foto: Divulgação |
Pela primeira vez o Brasil
está na rota da maior agência de modelos da África, a Beth Models que irá em
breve aterrissar em especial na capital de Salvador-BA para o Future Face 2023
Global, a competição tem uma política de igualdade de oportunidades.
É a maior competição
internacional de modelos que retorna em 2023 em vários países no mundo. A
competição icônica, organizada pela maior agência de modelos da África - Beth
Model Management - da modelo nigeriana Elizabeth Elohor. A Beth
Models é uma grande potência internacional dentro do mundo fashion.
Elizabeth Elohor Foto: Divulgação |
Em 2023, o Future Face
realizará castings de julho a setembro em vários países no mundo, com o
objetivo de descobrir talentos promissores. Dos numerosos candidatos, um seleto
grupo de 20 finalistas competirá diante de membros da indústria e de um
experiente painel de jurados.
No Brasil, Salvador foi a
cidade escolhida por ser considerada a segunda África. Uma parceria com a
empresária, CEO e Editora Chefe da Magazine
Le Afrique Style Brazil - Eliana Oliveira - que está à frente do
Casting Brasil.
Eliana Oliveira - CEO da Magazine Le Afrique Style Brazil |
O prêmio final não é apenas o título e o prêmio em dinheiro, mas também a oportunidade de estabelecer uma carreira de modelo de sucesso e obter as habilidades necessárias para o sucesso a longo prazo na altamente competitiva indústria da modelagem e da moda internacional. O Future Face está empenhado em realizar sonhos e revelar o verdadeiro potencial das aspirantes a modelo.
Aqui no Brasil as inscrições
estão abertas para candidatos de todos os territórios brasileiros, basta se
inscrever gratuitamente no e-mail
enviando fotos, medidas e um vídeo simples até o dia 09 de setembro. Todos os candidatos
irão ser orientados de acordo com a organização da Beth Models. Será um marco
no mercado de modelagem aqui no Brasil, pois muitos jovens afrodescendentes
sentem a necessidade desta representatividade legítima dentro do mercado da
moda.
#africafashion #bethmodels #futureface2023brazil
#futureface2023 #modelosnegros #afrodescendentes #magazineleafriquestylebrazil
#salvador #bahia #moda #futurefaceglobal #riodejaneiro #cariocas
#cidademaravilhosa #rj #riocity
sábado, 8 de abril de 2023
Exposição de Arte Visual no Parque
O
Parque das Ruínas, em Santa Teresa, recebe a exposição de arte visual OKAN MIMÓ
do artista gráfico Fábio Seabra
Fábio Seabra Foto Maria Luíza Alves |
Este espaço que sofreu saques
e invasões de pessoas em situação de rua após sua morte, pela depredação, já em
ruínas, foi tombado pelo Estado e recuperada a alma artística do lugar. Hoje, o
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas oferece uma programação
cultural eclética e inclusiva, além de ser um mirante da Cidade do Rio de
Janeiro.
É neste espaço de memória
histórica e artística, que Fábio Seabra lança sua primeira exposição de
arte. Okan Mimó em uma tradução livre do iorubá significa Consciência
Sagrada, a exposição apresenta três coleções do artista – Lewá Mimó
(Beleza Sagrada); Ebun Mimó (Ferramentas/Armas Sagradas) e Urban Arts
Mimó (Arte Urbana Sagrada).
As coleções são uma
representação da profunda conexão com a espiritualidade e a arte do artista, em
uma visão bem particular, é um resgate ancestral para Fábio. A exposição que conta
com as poesias de Carolina Rocha (a Dandara Suburbana) e de João
Ximenes, e peças do escultor em madeira Cláudio Kfé fica aberta para
visitação de 15 de abril a 14 de maio, de terça a domingo das 10 às 17h, a abertura
será as 15h do dia 15 de abril – sábado.
Release
Cenas Afro-brasileiras são o contexto geral desta exposição, que o artista traz através de suas experiências e da profunda conexão com a espiritualidade e a arte. A alma de Fábio Seabra se reflete em cada criação que projeta, em síntese, este resgate ancestral africano.
Fábio Seabra é Designer Gráfico, Colunista e Podcaster. Desde criança já se via envolvido com as cores e formas, e aproveita para resgatar essas lembranças, que fazem parte desta nova história da arte e do sagrado.
Nessa sua primeira exposição de quadros, OKAN MIMÓ (Consciência Sagrada), serão apresentadas três coleções, uma visão bem particular para dar forma, identidade e personalidade a cada divindade.
Na Coleção Lewá Mimó (Beleza Sagrada), baseada em rostos de Orixás, onde Fabio exalta a beleza que percebe nas divindades, denotando o sentimento e a postura de cada um através de seus olhares e expressões, de Esú a Obatalá;
Na Coleção Ebun Mimó (Ferramentas/Armas Sagradas), ele se baseia nos elementos sagrados que cada Orixá tem como particularidade de sua ligação entre o etéreo e a terra;
Já na Coleção Urban Arts Mimó (Arte Urbana Sagrada), o artista traz uma versão em brochura digital e monocromática, dando um tom minimalista e mais moderno ao Orixá na visão do novo mundo.
Colocando em prática a filosofia UBUNTU, o artista convidou a escritora Carolina Rocha – a Dandara Suburbana – ao poeta João Ximenes e ao escultor Cláudio Kfé para agregar diferentes formas de arte à essa exposição, tornando a exposição um encontro de expressões artísticas.
Artistas Convidados
Carolina Rocha/Dandara Suburbana – Escritora e Doutora em Sociologia - @adandarasuburbana
João Ximenes – Escritor - https://www.facebook.com/joao.ximenes.399 @joao_xis
Sinopse
Exposição de quadros em canvas - OKAN MIMÓ - serão apresentadas três coleções, uma visão bem particular do artista Fábio Seabra para dar forma, identidade e personalidade a cada divindade. São elas: Lewá Mimó, Ebun Mimó e Urban Arts Mimó. Cenas Afro-brasileiras são o contexto geral desta exposição, que o artista traz através de suas experiências e da profunda conexão com a espiritualidade e a arte. A alma de Fábio Seabra se reflete em cada criação que projeta, em síntese, este resgate ancestral africano. A exposição fica na Galeria do Túnel do Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas de 15 de abril a 14 de maio de 2023, abertura no dia 15 de abril às 15h com entrada gratuita.
Serviço:
De 15 de abril a 14 de maio de 2023
Abertura: 15 de abril – 15H
Galeria do Túnel
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa
Classificação Indicativa: LIVRE
GRATUITO
Ficha Técnica:
Artista – Fábio Seabra
Artistas Convidados – Carolina Rocha,
Cláudio Kfé e João Ximenes
Curadoria/Produção – Conceição Gomes
Filmaker – Victor Ruy
Fotografia – Maria Luiza Alves
Paisagista/Decoração – Lourenço
Rodrigues
Produção Artística – Rogério Madruga
Realização – E Aí Eventos e Produções
Culturais
Fábio Seabra por Fábio Seabra
Desde
moleque já me via envolvido com as cores e formas. Na época havia uma coleção
da Abril Editora, chamada História do Brasil, que fazia lançamentos semanais em
fascículos, cujos desenhos das capas me fascinavam. Então, pedi a meus pais que
comprassem para mim lápis de cor e HB, bloco A4, canetinhas coloridas, guache e
até uma coleção de canetas nanquim. Assim, fui levando minha pré-adolescência a
copiar cada ilustração das capas dos tais fascículos. Ficava inundado de prazer
ao ver uma obra reproduzida, mas não me sentia capaz de criar minha própria
obra.
Comecei
meus estudos no Curso Técnico de Comunicação da ETEC, porém, tudo mudou quando
fui estudar Comunicação Social, na FACHA- Faculdades Integradas Hélio Alonso, e
descobri a diversidade cultural brasileira, a possibilidade de me arriscar sem
medo ou danos, apenas me expressar.
Meu
primeiro estágio foi na Artplan. Após a Artplan, trabalhei por alguns anos na
Inffinito Foundation, como Diretor de Arte, onde produzia peças publicitárias
que rodaram o mundo através dos festivais de cinema brasileiro promovidos por
essa produtora, o Brazilian Film Festival. Foi uma escola de aprendizagem.
Depois fui trabalhar como responsável pela área de criação da Conceito BR, uma
house da Petrobras.
Hoje
faço parte do Blog E aí?! como Designer, Podcaster e Colunista, o que muito me
envaidece e me torna pleno como artista.