Olá
pessoal, o assunto hoje é QUADRILHA,
calma, não estou falando de Brasília (risos), e sim da Quadrilha de Festa Junina.
Recebemos um material de divulgação do evento ‘Concurso Rainha do Mundo Junino 2015’ , e o contato com os
divulgadores + pesquisas sobre o assunto resultaram em, o que era para ser
postado apenas na nossa Agenda Cultural, veio parar aqui na nossa Página
Inicial. Nossa redação descobriu o quão rico de informações é o Mundo Junino,
que decidimos abordá-lo mais amplamente, e não, mencioná-lo apenas em nossa
agenda. O nosso ponto de partida em curiosidade deu-se na descoberta da FIGDQUERJ
(Federação Independente dos Grupos de Danças e Quadrilhas do Estado do Rio de
Janeiro), fundada em 01 de agosto de 1992, à Rua Dr. Noguchi, n° 46, Ramos,
presidida por Célio Esteves. A FIGDQUERJ surgiu a partir de divergências ideológicas com a
FAQUAERJ (não conseguimos descobrir a designação correta da sigla). O curioso é
que hoje, as duas entidades são vistas como irmãs e atuam dessa forma, frente à
LIQUERJ (Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Estado do Rio de Janeiro) entidade
maior entre todas as Federações de Quadrilhas do Estado do Rio de Janeiro. O
segundo ponto que abriu nosso apetite da curiosidade deu-se pelos estilos de
quadrilha que temos hoje no Rio de Janeiro, mas, antes de falarmos delas vamos
dar um salto no tempo e saber como esse segmento cultural começou. Iniciaremos
pela Festa Junina.
Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações católicas que acontecem em vários países e que são historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão (no hemisfério norte) e de inverno (no hemisfério sul), que é celebrado no dia 24 de junho. A festa teve origem na Idade Média na celebração dos chamados Santos Populares: Santo António (comemorado dia 13/06); São João (comemorado dia 24/06) e São Pedro (comemorado dia 29/06). De origem européia, as fogueiras juninas faziam parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a famosa árvore de natal, a fogueira do dia de Midsummer (tradução literal ‘pleno verão’) comemorado em 24 de junho, tornou-se ainda na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as Festas de São João Européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). No Brasil, recebeu o nome de "junina" (chamada inicialmente de "joanina", de São João), porque acontece no mês de junho. A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João Batista, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica, a pamonha, o curau, o milho cozido, a pipoca e o bolo de milho.
A quadrilha brasileira tem o seu nome originário de uma dança de salão francesa para quatro pares, a Quadrille. A quadrille francesa já era um desenvolvimento da Contredanse, uma dança inglesa de origem campesina, surgida por volta do século XIII, e que se popularizou em toda a Europa na primeira metade do século XVIII. A quadrille veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras por tudo que fosse a última moda de Paris. Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras preexistentes e teve subsequentes evoluções (entre elas, o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste.
A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos. A quadrilha, como outras danças brasileiras, como o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras Hoje, a quadrilha faz parte do cenário festivo dos meses de junho, julho
e até agosto. Suas características sofreram mudanças no conceito artístico, a
adequação e atualização deste segmento cultural popular tomaram forma de um Marketing Natural para manter o
interesse do público, e incentivá-lo a comparecer aos torneios e apresentações.
Consta no regulamento oficial da FIGDQUERJ como Objetivos:
Quadrilha dos anos 40 |
* Resgatar a união dos grupos folclóricos
juninos da nossa região.
* Estimular a competição entre os grupos
juninos.
* Promover a cultura da nossa região,
difundindo a cultura popular brasileira no estado do Rio Janeiro.
* Viabilizar atividades de incentivo à
expressão cultural e lúdica, de lazer e entretenimento, estimulando a
participação de grupos populares e artísticos, fortalecendo os vínculos
culturais e comunitários.
Quadrilhão do Caju - Categoria Roça |
O que nós do E aí?! concluímos após toda essa
informação, é que como o carnaval brasileiro, um evento genuinamente do povo,
que saiu do confinamento da região central do Rio (Pedra do Sal, Pça.XI e
adjacências) para a zona sul e pro mundo, hoje mesmo, um amigo/colaborador do blog, por
exemplo, está no desfile que acontece anualmente em San Luis na Argentina, onde
várias Escolas de Samba do grupo especial fazem o carnaval de lá, ou seja, um
produto tipo ‘exportação’, que funciona e gera uma economia significativa o ano
todo. Assim percebemos as quadrilhas das festas juninas, se organizaram em
federações e ligas, e proporcionam além de manter uma tradição folclórica, uma
fonte de empregos informais para o ano todo também. Porque para realizar as
apresentações, há de se ter por trás do evento uma grande equipe de
costureiras, bordadeiras, aderecistas, sapateiros,
chapeleiros, eletricistas,
designers, divulgadores, enfim, um entourage que nada deixa a dever a um
barracão de escola de samba, e, geralmente as mesmas pessoas que estão nas
escolas de samba está nas gerências das quadrilhas. Assistindo a alguns vídeos
de apresentação percebi também alguma semelhança com a festa de Parintins, onde a
figura do narrador é marcante, taí uma coisa que o mundo do carnaval poderia
copiar do mundo junino.
Chega Mais - Categoria Salão |
Ah! Já ia esquecendo o motivo que nos fez chegar até
aqui, o concurso da Rainha do Mundo Junino, confira os detalhes na nossa
‘Agenda Cultural’.
Fotos retiradas do site: www.figdquerj.com.br
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