Domingo foi marcado com grande apresentação e contratempos na Sapucaí.
Por Paulo
César Alcântara
Colaboração Phill
Araújo
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Império Serrano Foto: Charles Verdec |
Foi
aberta a temporada dos ensaios técnicos na Marques de Sapucaí, nesse domingo,
dia 15, a antiga “pequena áfrica” recebeu sambistas para o primeiro ensaio.
Estamos há quase um mês para o carnaval, e a reta é final, não há mais tempo
para erros, o que muitas escolas parecem ainda não perceber. A estreia foi marcada
por muitas inovações vindas da organização do evento. Os portões contaram com
muito mais seguranças para inibir os supostos amigos dos amigos, que tentam de
todas as formas assistir aos ensaios técnicos dentro da pista, dificultando o
trabalho da harmonia e dos sambistas, e aproveitando a possibilidade de
conseguir seus quinze minutos de fama. A novidade pegou de surpresa muitos
elementos que foram convidados a se retirar da pista, mesmo com credenciais e camisa.
A atitude foi correta, mas vi jornalistas e julgadores do grupo de Acesso,
carnavalescos de escola mirim e da Intendente do lado de fora do portão principal,
limitados ao restrito espaço localizado em frente ao primeiro recuo de bateria.
Arrumar a casa é necessário, mas impedir que profissionais exerçam seus
ofícios, é tirano e pernicioso. O trabalho jornalístico é uma boa parceria para
as agremiações, através dele as diretorias das Escolas podem fazer uma sintonia
fina, avaliando as críticas e elogios das matérias e visualizando as fotos e
vídeos realizados pelos profissionais da Imprensa. Um credenciamento poria fim
à estas intempéries.
Quem teve a incumbência de abrir a
temporada dos ensaios foi a tradicional
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Império Serrano Foto: Charles Verdec |
G.R.E.S.Império Serrano, a verde e
branco do bairro de Madureira fez um ensaio pesado. A escola da Serrinha conta
com um maravilhoso samba enredo que exalta a força de suas raízes, mesmo assim,
o samba não foi suficiente para ajudar a escola na evolução, sua cadência é
boa, mas não conseguiu manter os ânimos dos integrantes. A comissão de frente
de Júnior Scapin, apresentou coreografia com desenhos geométricos e não desfilaram
cantando o samba, isso é problema no quesito harmonia, em seguida, o primeiro
casal de mestre-sala e porta-bandeira (Feliciano dos Santos Júnior e Raphaela
Caboclo) estavam aparentemente bastante nervosos na apresentação da primeira
cabine de jurados, o casal era conduzido pelo coreógrafo João Paulo Machado.
Destaque para a elegância do figurino dos passistas masculinos que trajavam um
belo terno marrom. A escola contou com a presença de todos os imperianos de fé
como a atriz Myriam Pérsia, a escritora Raquel Valença, a ex-porta-bandeira,
Babi, e o cantor e compositor Alex Ribeiro. Tinha algo de estranho no ar em
relação aos componentes, percebia-se nitidamente uma insatisfação geral, mesmo
que, com muito amor no coração, algo que não consegui apurar. A diretoria de
harmonia poderia ter ajudado mais a agremiação se tivesse cantado, e estimulado
os componentes a cantarem também, ao invés disso, vinham pelas laterais fazendo
grosserias com os integrantes. Vamos ficar atentos, tratar bem o chão da escola
é solidificar a harmonia de uma agremiação inteira. Fica a dica!
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Império Serrano Foto: Charles Verdec |
A
Paraíso do Tuiuti veio com a comissão de frente do renomado Jaime Arôxa, uma
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Paraíso do Tuiuti - Foto: Phill Araújo |
apresentação bastante colorida seguida do primeiro casal de mestre-sala e
porta-bandeira, Marquinhos e Geovana, que vieram apresentados pela coreógrafa,
Maria Celeste Lima, a agremiação passou com poucos sambistas cantando o
samba-enredo, destaque para o carisma da ala de passistas que vestiram
literalmente a camisa da escola, a agremiação passou sem garra e deixou a
desejar.
A
escola mais simpática da cidade foi a terceira e última agremiação a desfilar
neste
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Paraíso do Tuiuti - Foto: Phill Araújo |
primeiro dia de ensaios técnicos. A União da Ilha entrou na avenida com
um tripé repleto de modelos sarados, e com uma deslumbrante apresentação da
comissão de frente coreografada por Carlinhos de Jesus, composta por quinze
negros que encenaram um ritual ancestral na frente da cabine de jurados, que no
momento estava repleta de jornalistas. O
primeiro casal de mestre sala e porta bandeiras, Phelipe Lemos e Dandara
Ventapane, foram apresentados pela ex-porta-bandeira Rita, estandarte de ouro
em outras agremiações como Império Serrano e Vila Isabel. Com uma apresentação
de
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Paraíso do Tuiuti - Foto: Phill Araújo |
movimentos graciosos, muita elegância e postura ao conduzir o pavilhão da
escola. A Ilha veio completa e com a mesma garra necessária para o dia do
desfile oficial. A tricolor cantou com garra desde a comissão de frente até a
ala 28, a partir daí a harmonia deixou a desejar. O ponto máximo foi a
apresentação da bateria de mestre Ciça, levantou a arquibancada com suas
“paradinhas” e coreografias durante todo o desfile, sem falar do show a parte
dos “tocadores de atabaque” no meio do samba. A Ilha foi o exemplo da noite de
como se fazer, e pra quê fazer um ensaio técnico, passaram apenas para aparar
as arestas.
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União da Ilha - Foto: Phill Araújo |
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União da Ilha - Foto: Phill Araújo |
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União da Ilha - Foto: Phill Araújo |
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União da Ilha - Foto: Phill Araújo |
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