Saiu a lista dos indicados da quinta edição do Prêmio Cesgranrio de Teatro.
Comissão Julgadora |
Os jurados do Prêmio Cesgranrio de Teatro elegeram, hoje, (01/12), os indicados do 2º semestre da sua quinta edição. Os indicados de, hoje, concorrerão com os do primeiro semestre. A escolha final dos vencedores, bem como a entrega do prêmio ocorrerá em 30 de janeiro, no Copacabana Palace. Os apresentadores da noite serão os atores Du Moscovis e
Christiane Torloni e como grande homenageado deste ano, o ator Antônio Fagundes.
Du Moscovis |
Christiane Torloni |
Antônio Fagundes |
Trata-se do prêmio de maior valor do cenário brasileiro: R$ 25 mil para os vencedores de cada uma das 12 categorias, num total de R$ 300 mil. Os indicados pela comissão julgadora, formada por Jacqueline Laurence Carolina Virguez, Daniel Schenker, Lionel Fischer, Macksen Luiz, Rafael Teixeira e Tânia Brandão, foram:
Indicados – 1º e 2º Semestre
Melhor Direção
Gustavo Gasparani – Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba – 2º semestre
Luiz Carlos Vasconcelos por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Marco André Nunes – Guanabara Canibal – 2º semestre
Paulo de Moraes por “Hamlet – Som e Fúria” - 1º semestre
Pedro Kosovski – Tripas – 2º semestre
Rodrigo Portella por “Tom na Fazenda” - 1º semestre
Melhor Ator
Armando Babaioff por “Tom na Fazenda” - 1º semestre
Gustavo Vaz por “Tom na Fazenda” - 1º semestre
Mario Borges por Doce Pássaro da Juventude - 2º semestre
Michel Blois por Euforia – 2º semestre
Rafael Primot por “Love, Love, Love” - 1º semestre
Ricardo Kosovski por Tripas - 2º semestre
Melhor Atriz
Andrea Beltrão por “Antígona” - 1º semestre
Andrea Dantas – A Festa de Aniversário - 2º semestre
Débora Falabella por “Love, Love, Love” - 1º semestre
Guida Vianna – Agosto - 2º semestre
Isabel Cavalcanti – A Sala Laranja - no Jardim de Infância - 2º semestre
Yara de Novaes por “Love, Love, Love” - 1º semestre
Melhor Espetáculo
Hamlet – Som e Fúria - 1º semestre
O Jornal - 2º semestre
Suassuna – O Auto do Reino do Sol - 1º semestre
Tom na Fazenda - 1º semestre
Tripas - 2º semestre
Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Melhor Cenografia
Aurora dos Campos por “Tom na Fazenda” - 1º semestre
Carla Berri e Paulo de Moraes por “Hamlet – Som e Fúria” - 1º semestre
Gringo Cardia – Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Lídia Kosovski – Tripas - 2º semestre
Marcelo Marques e Marco André Nunes – Guanabara Canibal - 2º semestre
Sérgio Marimba por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Melhor Iluminação
Bernardo Lorga – A Festa de Aniversário - 2º semestre
Maneco Quinderé por “Hamlet – Som e Fúria” - 1º semestre
Paulo César Medeiros – O Jornal - 2º semestre
Renato Machado – Guanabara Canibal - 2º semestre
Renato Machado por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Tomás Ribas por “Tom na Fazenda” - 1º semestre
Melhor Figurino
João Marcelino e Carol Lobato por “Hamlet – Som e Fúria” – 1º semestre
Kika Lopes e Heloisa Stockler por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Marcelo Marques e Carlos Pétit – Guanabara Canibal - 2º semestre
Marcelo Marques por “Janis” - 1º semestre
Marcelo Olinto – Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Mauro Leite – Estes Fantasmas! - 2º semestre
Melhor Texto Nacional Inédito
Braulio Tavares por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Grace Passô por “Mata Teu Pai” - 1º semestre
Gustavo Gasparani – Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Julia Spadaccini – Euforia - 2º semestre
Marcia Zanelatto por “ELA” - 1º semestre
Pedro Kosovski – Guanabara Canibal - 2º semestre
Melhor Direção Musical
Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Dany Roland por “Josephine Baker – A Vênus Negra” - 1º semestre
João Calado – Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Marcelo Alonso Neves – Dançando no Escuro - 2º semestre
Ricco Viana por “Janis” - 1º semestre
Melhor Ator em Teatro Musical
Adrén Alves por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Alfredo Del Penho por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Édio Nunes – Kid Morengueira - Olha o breque! - 2º semestre
Gustavo Gasparani – Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Hugo Bonemer – Ayrton Senna, O Musical - 2º semestre
Renato Luciano por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” - 1º semestre
Melhor Atriz em Teatro Musical
Aline Deluna por “Josephine Baker – A Vênus Negra” - 1º semestre
Carol Fazu por “Janis” - 1º semestre
Juliane Bodini – Dançando no Escuro - 2º semestre
Soraya Ravenle –Puro Ney - 2º semestre
Stella Maria Rodrigues por “Emilinha” - 1º semestre
Categoria Especial
Ø Companhia dos Atores Ivan Sugahara – Pela manutenção da Sede das Cias - 2º semestre
Ø Dr Morris pela trilha sonora de “Programa Pentesiléia: Treinamento Para Batalha Final” - 1º semestre
Ø Lu Brites pela preparação corporal de “Tom na Fazenda” - 1º semestre
Ø Renato Vieira – Pela coreografia e direção de movimento de Zeca Pagodinho, Uma História de Amor ao Samba - 2º semestre
Ø Ricco Viana pela trilha sonora original de “Hamlet – Som e Fúria” - 1º semestre
Ø Roberto Guimarães – Pela sua atuação como programador do Teatro Oi Futuro - 2º semestre
O Prêmio Cesgranrio de Teatro é um oásis neste deserto chamado Rio de Janeiro. No momento em que a APTR – Associação dos Produtores de Teatro são obrigados a cancelar a campanha ‘Teatro Para Todos’, pelo não cumprimento da Secretaria Municipal de Cultura e da Prefeitura do Rio de Janeiro, em patrocinar a única ação de popularização de ingressos e acesso ao teatro na cidade do Rio de Janeiro. Teatro Para Todos é um evento que já faz parte do calendário cultural da cidade e é aguardado ansiosamente, ao final de cada ano, pelo cidadão carioca.
Lançada em dezembro de 2003, a Campanha tem como principais objetivos: fomentar e revitalizar o público; possibilitar a cobrança do ingresso com valor menor do que a meia-entrada; estimular a frequência nos teatros, nos meses de novembro e dezembro, período tradicionalmente de queda nas bilheterias; impulsionar a economia da cultura e contribuir com a formação de novas plateias.
O cancelamento prejudica o amante do teatro e as classes menos favorecidas economicamente, que, na Campanha, têm a possibilidade de assistir à maioria dos espetáculos em cartaz. Prejudica a economia da cidade e da cultura. A consequência é o desmonte do setor, com verbas cortadas indiscriminadamente e editais não pagos, demonstrando, assim, a total falta de gestão e políticas públicas para o setor cultural.
Nós do E aí?! só temos a agradecer profundamente ao professor Carlos Alberto Serpa e ao Conselho de Cultura da Cesgranrio, em nome de todos aqueles que entendem e percebem a importância da CULTURA para um país socioeconomicamente fortalecido. Obrigado por NÃO permitir que a cultura faleça junto com este descaso do poder público. Obrigado por incentivar e premiar os nossos heróis da resistência. Obrigado por manter acesa a chama da esperança em nós, e a fé nos homens de bem. Aos indicados desejamos ‘Merda’* e ‘Quebre a Perna’** à todos, e que vençam os melhores!
*Umas das explicações remonta à França do século XIX, quando o público chegava às casas teatrais em carruagens ou a cavalo. Os arredores do teatro lotado das fezes desses animais, além do odor insuportável, significavam que muita gente havia comparecido para assistir à montagem. Dessa forma, a expressão “merda” passou a significar boa sorte para a companhia. Outra lenda sobre o tema envolve o maior de todos os autores, o inglês Shakespeare que, ao ver a quantidade de excrementos em frente ao teatro, emprestou o termo “merda” para desejar boa sorte antes dos espetáculos. Uma terceira versão conta a saga de um ator que, antes de um espetáculo, no caminho até o teatro, encontrou muitos obstáculos. Quando finalmente chegou ao local de apresentação ainda pisou em um monte de fezes. Já no palco, enfim, o ator realizou uma das mais belas atuações de sua vida e, novamente, o termo “merda” virou sinônimo de boa sorte para os atores.
**Não se pode afirmar com certeza a origem da expressão, mas uma das possíveis explicações para sua utilização está relacionada à expectativa do elenco para que os aplausos do público sejam tantos e tão fervorosos que as “pernas” do teatro (parte lateral onde ficam as cortinas) se rompam e levem o teatro abaixo. Outra versão é que este termo foi criado durante uma das muitas guerras em que os americanos estiveram envolvidos. Antes de partir para o fronte de batalha, os soldados diziam uns aos outros: "quebre uma perna". Este seria o melhor destino que eles poderiam ter durante o combate. Afinal, mesmo ferido, o soldado continuaria vivo e, melhor, seria dispensado, retornando assim ao seu lar. E, há ainda uma terceira versão que remete ao ato de o público, ao final do espetáculo, jogar moedas para os atores e, assim, demonstrar o quanto havia gostado da peça. Quanto mais os artistas fossem obrigados a se abaixar para apanhar sua recompensa, mais suas pernas sofreriam com o exercício. Ou seja, o sobe-e-desce para recolher o dinheiro espalhado pelo palco poderia quebrar-lhes uma das pernas.
Nossa! Lista de indicados quente, muito quente mesmo, Conceição. Não gostaria de estar dos jurados para a escolha dos vencedores.
ResponderExcluirRealmente Wellington, a disputa está acirradíssima. O bom é saber que não importa o ganhador, terá sido feito justiça, os candidatos são de altíssimo nível.
ExcluirAbs;